25 julho, 2013

Missionária na Uganda, Irene Gleeson morre aos 68 anos

A australiana vendeu tudo o que tinha e foi trabalhar com crianças no Sudão

Missionária na Uganda, Irene Gleeson morre aos 68 anos
A australiana Irene Gleeson, 'avó' de oito mil órfãos ugandenses, faleceu nesta semana, depois de uma batalha de 14 meses contra um câncer no esôfago. 
Fundadora da Fundação Irene Gleeson (IGF), ela morreu rodeada pela família e amigos. Irene será lembrada como uma avó australiana corajosa, que com uma fé inabalável trocou a sua casa de praia no norte da Austrália, há 22 anos, para trabalhar em uma zona de guerra, a fim de resgatar as crianças das cinzas.
Em 1991, Gleeson vendeu tudo o que possuía, disse adeus a seus quatro filhos crescidos e 13 netos, e se dirigiu para Kitgum, uma comunidade pequena, isolada, na fronteira do Sudão e lar de conflitos dos mais terríveis do mundo. Então, sob a sombra de uma árvore de tamarindo, ela ensinava crianças traumatizadas a cantar.
Com a ajuda de um professor, ela acrescentou leitura e escrita ao seu repertório, esculpindo as letras do alfabeto na poeira. Eventualmente, ela começou a alimentar os órfãos, cavando poços e estabelecendo trabalhos de construção.
Mas o desenvolvimento não veio fácil: Gleeson foi alvo de vários ataques rebeldes, sofreu crises de malária e depressão, e era tratada com extremo isolamento.
Apesar dos contratempos, a tenaz "Mama Irene" nunca desistiu de seu sonho de restaurar a esperança e dignidade para o povo Acholi. Hoje seu legado permanece: oito mil crianças que vestem camisetas vermelhas que simbolizam o sangue de Jesus. Cada uma delas recebe alimentação, vestuário e assistência médica diária, ainda têm a disposição três escolas primárias, 60 leitos de cuidados paliativos contra a AIDS, um centro de formação profissional (que atende a mil e quinhentos alunos), uma igreja para a comunidade e uma emissora de rádio que atinge mais de 1 milhão de pessoas na região. Milhares de pessoas vieram a conhecer a Cristo através de seu ministério.
O trabalho de Gleeson foi reconhecido pelo presidente do Uganda, Yoweri Kaguta Museveni, e pelo governo australiano. Em 2009, ela recebeu a honra de Oficial da Ordem da Austrália pelo "Serviço de Relações Internacionais”, em particular, através da ajuda constante para as crianças afetadas pela guerra e pela AIDS no norte de Uganda. 
Fonte: Charisma News

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